Pensando sobre o Serviço Social

Criei este espaço para minhas próprias reflexões quanto à graduação de Serviço Social que inciei este ano.

Durante este período gostaria de "pensar alto", criar meu próprio caminho de aprendizado nessa área tão complexa que envolve a relação entre pessoas vivendo em sociedade.

Já tendo certa experiência de vida, decidi por voltar aos bancos acadêmicos para juntar duas paixões da minha vida: a terapia holística e o trabalho na área social.

Imaginei que o Serviço Social era a porta que me faltava abrir para melhor atuação nesse universo de possibilidades infinitas que é a vida humana.

Através de terapias que equilibram chakras, emoções e regulam alterações físicas, há muitos anos venho trabalhando com pessoas. Até que chegou a crise. No universo holístico o discurso sobre a crise é de que a crise existe apenas para quem acredita nela ou crise para uns, oportunidades para outros, e assim por diante. 

Não que eu tenha abalado minha fé nesses conceitos, tenho plena consciência das leis universais a respeito da prosperidade, entretanto, muitas das pessoas que passei a atender estavam em total desespero por falta de emprego, totalmente apavoradas com medo de serem demitidas, outras, com forte compulsão por alimentos e acessórios, comendo e comprando tudo o que viam pela frente com medo da escassez que certamente viria em breve... Uma loucura, afinal.

Foi então que me vi compelida, aos 49 anos de idade, a buscar essa via do Serviço Social para entender uma das maiores influências a que estamos sujeitos: as transformações sociais. Não dá pra equilibrar por muito tempo uma pessoa desempregada há mais de um ano, com filhos pequenos e sem qualquer perspectiva de melhora. A crise é mundial e abala todos os seres humanos, até o mais alienado! É energia poderosíssima que interfere no equilíbrio do planeta, consequência de uma guerra energética que se trava pelo domínio da Terra e na qual estamos todos envolvidos, querendo ou não. É o momento planetário mais esperado por todos os adeptos das doutrinas ocultistas pois é um momento decisório para o destino não só do planeta mas de toda a humanidade. 

Muitos terapeutas holísticos acreditam que o despertar da consciência de uma parte da população planetária é a garantia da sobrevivência do planeta e dos seus futuros habitantes, espíritos mais evoluídos do que os que habitam a Terra hoje. 

Eu, entretanto, acredito  que a vitória vem pela ação impulsionada pela consciência. Ter a consciência desperta é ter a visão ampliada, a coragem necessária para a ação e a ação assertiva, que vai gerar resultados positivos quanto ao objetivo a ser alcançado: a sobrevivência do planeta e de sua população. 

E estudar o Serviço Social foi a ação que escolhi para despertar a minha consciência. Compreender as relações sociais, as forças que estão em jogo, os interesses, o paradigma do controle social, da dominação, do dinheiro, pois esse paradigma está impregnado no meio holístico, tanto quanto em qualquer outro.  

Compreender a dinâmica social, as relações que se estabelecem, a cultura, a economia, a própria política que é feita por pessoas e para pessoas é fundamental instrumento de autoconhecimento. E o autoconhecimento é a chave fundamental para o progresso individual.

O maior de todos os revolucionários conhecia bem a sociedade em que vivia, seus mecanismos, as forças políticas e religiosas que dominavam a população, o jogo de interesses de cada segmento social. Só assim ele pôde desafiar o sistema vigente e, de forma pacífica, mostrou ao mundo uma nova forma de se relacionar: através do amor ao próximo. Jesus, o maior de todos os revolucionários, dividiu a História entre o antes e o depois de Cristo. Foi militante, foi ativista, foi visionário e deixou um legado ímpar para a humanidade! 

De minha parte, não ambiciono tamanho conhecimento. Mas já compreendi que o conhecimento que busco no Serviço Social, longe de ser oportunidade para exercício do assistencialismo, é oportunidade de autoconhecimento e de empoderamento de minha própria essência divina, ferramentas indispensáveis àqueles que se candidatam aos exércitos da para as batalhas que se travam diuturnamente, imperceptíveis aos nossos sentidos limitados.